- Ese ya está viejo, dejalo!
- Quiero ver sangre!
Entrei na arena daquele ginásio atrasada, escutando estes gritos e levemente tensa. Não sabia exatamente o que me aguardava ali dentro. Ao centro, um ringue, lutadores mascarados, um juiz e uma mesa de narradores. Entre o público, a grande surpresa: familias e famílias com suas crianças. A euforia da molecada já denunciava a diversão generalizada. Um programa bem mais leve do que eu imaginava que iria encontrar numa luta livre. Logo que sentei na cadeira que me cabia, tendo pagado o preço mais barato, comecei a entender de que não se tratava exataemente de sangue. A luta livre mexicana é um espetáculo. Uma mistura de acrobacia, humor, luta, circo, alterofilismo e performance. Os lutadores são personagens, heróis para a criançada que torcem fervorosamente pelos seus prediletos. As lutas são teatralizadas e brinca-se – com muita propriedade - com a arte de atuar. Entre um golpe e outro, a habilidade de fingir é colocada em xeque, o que apimenta mais o espetáculo, levando o público a gritos fervorosos.
Entre um co
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